- Alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados diminuiu até 25% desde 25 de fevereiro.
- Mas maioria de eletrodomésticos e também veículos ficaram mais caros em fevereiro e março, mostra IPCA do IBGE.
- Indústria e varejo dizem que outros itens seguem pressionando custos, como combustíveis e matérias-primas.
- Economistas dizem que redução do IPI também se dilui na cadeia de produção.
A redução de 25% na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), sendo de 18,5% no caso dos veículos, valendo desde 25 de fevereiro, não chegou ao consumidor, apontam indicadores de inflação. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação do governo, divulgado nesta sexta-feira (8) mostra que bens duráveis que passaram a pagar menos imposto, como geladeira, máquina de lavar, fogão e carros, desacaleraram os reajustes, mas continuaram subindo de preços nos dois últimos meses.
O alívio na tributação sobre bens eletrodomésticos e veículos não está reduzindo preços desses bens de consumo duráveis por dois motivos, dizem empresários e economistas: outros itens continuam pressionando os custos; e uma parte do corte de imposto ficou no meio do caminho, ou seja, virou margem de lucro na cadeia, entre a fábrica e a loja.