O Governo de SP está fazendo a maior confusão quando divulga a eficácia da vacina. Isso vai gerar um alto custo no entendimento e conscientização sobre a vacinação.
Vamos tentar entender esses percentuais é pensando que ao receber a imunização podemos até adoecer, mas não com uma doença grave, não vamos internar, não vamos para a UTI nem precisar de oxigênio. É isso que a gente necessita agora. Em termos de saúde pública, isso é importante para aliviar a pressão no sistema de saúde.
O estudo foi feito com 13.060 voluntários, todos profissionais da saúde, uma população muito exposta à doença. Metade do grupo tomou a vacina CoronaVac e a outra parte recebeu placebo. Desde o início do ensaio, em julho, 252 pessoas foram infectadas com covid-19 —167 do grupo placebo e 85 entre os vacinados. Entre elas, no grupo vacinado, não houve nenhum caso com doença moderada a grave, que precisou de internação. Sete casos foram registrados no grupo que não foi vacinado.
Entre elas, no grupo vacinado, não houve nenhum caso com doença moderada a grave, que precisou de internação. Sete casos foram registrados no grupo que não foi vacinado.
Se não houve nenhum caso no grupo vacinado, isso configura em uma eficácia de 100% para evitar casos graves, moderados, internações e mortes pela doença.
Para as infecções que foram leves, ou seja, quando pessoa apresentou poucos sintomas de covid-19 e recebeu algum tipo de assistência médica, mas não precisou de internação, houve sete casos no grupo vacinado e 31 no grupo de placebo. Segundo Bravo, isso significa que, para a prevenção para casos leves de covid-19, com sintomas, mas sem necessidade de internação, a eficácia é de 78%.
Esse número é calculado com os 252 casos de pessoas que adoeceram dos dois grupos (o placebo e o vacinado), com qualquer gravidade da doença, na qual a proteção foi de 50,38%. É um cálculo estatístico no qual se concluiu que temos uma proteção de 50%, ou seja, temos 50,38% menos risco de adoecer e, mesmo que adoeçamos, temos 100% de eficácia para não adoecer gravemente, não precisar internar, não precisar de uma UTI e também não vai morrer.
Ao tomar as duas doses da CoronaVac, o valor de eficácia geral não é somado a 100%, como algumas pessoas estão afirmando nas redes sociais. Isso porque o resultado de 50,38% é contando já com as duas doses aplicadas. O médico Marcio Bittencourt explica os resultados do estudo sobre a CoronaVac no país. "Os resultados da CoronaVac são muitos bons! Eles têm impactos na estratégia de uso, eles tem limitações, mas são bons".
HITS: 176 Categorias: Blog